Gestão de Pessoas

Quem é que cuida do employer branding (e de pessoas) na sua empresa?

27 maio 2020 • por Impulso Consultoria • 0 Comentários

Quem é que cuida do employer branding (e de pessoas) na sua empresa? | Ter uma estratégia de employer branding, uma proposta de valor do trabalho (“PVT”) e uma estratégia para gestão da jornada do talento nas empresas são condições decisivas para a sustentabilidade das empresas. Não importa quão moderna ou tecnológica seja a empresa, se ela não estiver atenta e genuinamente preocupada com pessoas, nenhuma estratégia ficará de pé no longo prazo.

E quando falamos sobre uma estratégia focada em pessoas, não temos como nomear um único setor da empresa que possa ser incumbido da função. Cuidar de pessoas é uma obrigação de TODOS, e ser capaz de entender e disseminar o employer branding é agora uma nova competência essencial para qualquer gestor. Sendo assim, é válido dizer que cada pessoa envolvida na empresa (stakeholders) é, em maior ou menor grau, responsável por disseminar, cuidar e defender a marca da empresa, contribuindo assim para que ela seja um bom lugar para se trabalhar.

E se todos os envolvidos na empresa são em algum grau responsáveis pelo employer branding, é importante entender quais são as ações necessárias para que as empresas possam se beneficiar desta estratégia. Listamos a seguir algumas ações que foram elaboradas por Brett Minchington, Chairman/CEO da Employer Brand International (EBI) e foram compiladas por Inês Veloso1:

  • Estabelecer parâmetros relacionados à experiência da marca e o propósito da empresa, e avaliar junto aos funcionários se o que tem sido realizado condiz com a PVT elaborada anteriormente.
  • Definir suas prioridades em termos de estratégia e focar-se nela, independentemente se outros estão tomando ações diferentes e obtendo sucesso com elas. Entender o foco do employer branding na estratégia do negócio é algo que precisa acontecer mediante conversas e alinhamentos internos, e por isso não pode simplesmente sofrer alterações sempre que algo interessante é feito por outra empresa.
  • Rever o modelo de negócios e a estrutura organizacional, pois com as constantes mudanças nos mercados é fundamental que as empresas repensem e avaliem se estão no caminho certo.
  • Expandir sua rede de contatos: se no passado questões técnicas tinham prevalência sobre outras, hoje é necessário que as competências de empresas e profissionais sejam publicamente reconhecidas, o que faz com que a imagem da organização seja um fator de atratividade e engajamento de funcionários.
  • Envolver a área de vendas e desenvolvimento de negócios. Nas palavras de Inês Veloso1, “a estratégia de vendas pode dizer muito sobre os valores e a cultura, e ou a empresa tem um propósito claro ou é apenas mais uma organização que procura o lucro. Esta diferença tem um grande impacto na reputação (da empresa)”.
  • Simplificar o processo de contratação de profissionais talentosos: o processo não deve ser burocrático e moroso, tampouco a contratação de um profissional talentoso (e que pode gerar resultados acima da média) deve depender da existência de uma vaga previamente enquadrada em algum plano de contratações. Conforme muito bem mencionado por Inês Veloso1, “as pessoas críticas para as empresas (em termos de geração de bons resultados) pagam-se a si mesmas”.
  • Rever questões relacionadas à alocação física de pessoas. Mais do que antes, em tempos de COVID-19, ficou claro que bons profissionais não precisam estar fisicamente na presença do gestor para gerarem bons resultados.
  • Alocar os melhores profissionais em funções onde eles possam desenvolver seus trabalhos de forma eficiente, sem perder o timing, isto é, quando a empresa de fato precisa deles.

Portanto, ficou claro que para que o employer branding tenha sucesso nas empresas, é importante que todas as pessoas que participam da gestão, sejam empreendedores, sócios ou gestores, estejam muito bem alinhados em relação às necessidades da empresa, saibam o que ela pode oferecer (e oferece) em termos de PVT, tenham consciência sobre as ações que precisam ser realizadas, e sobretudo, saibam como tudo isto está ligado ao propósito das empresas. E, desta forma, será possível às empresas terem um processo de gestão de pessoas coerente, e eficaz no que se refere à geração de resultados.

*Este texto foi escrito pela equipe da Impulso Consult. Fique à vontade para compartilhá-lo, não se esquecendo de incluir os créditos ao autor.

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